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Os 5Ps do marketing. O novo normal da comunicação.

Atualizado: 27 de mai. de 2020



O ser humano tem uma capacidade incrível de se adaptar. Existem estudos e suposições de que, para adquirir um novo hábito, é preciso praticá-lo por 21 dias ininterruptos. Podemos dizer que grande parte de nós desenvolveu novos hábitos por conta da pandemia, que já ultrapassa os 60 dias. Hábitos desenvolvidos não por opção, mas por necessidade. Tentando equilibrar a vida entre o trabalho, o carinho com as crianças, os animais, os familiares à distância e os amigos, refletimos bastante sobre prioridades e como colocar as coisas pra rodar frente a esse novo cenário. Tempos de pandemia nos fazem repensar modelos de negócio: como atuar, como vender, como comunicar, e acredito que algumas dessas novas práticas sejam um caminho sem volta.


Mudamos para o bem. Compreendemos que é possível trabalhar e confiar à distância. Que podemos realizar projetos com pessoas que nunca antes tínhamos cogitado, simplesmente porque estavam longe fisicamente. Passamos a consumir deliveries e provar outras marcas mais perto de nós, tanto no sentido de valorizar a cultura local como numa oportunidade de tentar algo novo e se permitir. Essa revolução digital nos faz pensar mais estrategicamente. Nos força a compreender padrões de consumo e o que é relevante para a sociedade atual.


Se você estudou alguma coisa de marketing, administração, economia, sobre como posicionar produtos, marcas e serviços, ou mesmo se já deu aquela famosa “Googada” em princípios de marketing para seu próprio negócio, deve ter esbarrado no nome de Philip Kotler. Não é à toa. Kotler é um pensador formidável e, para usar a palavra da boca do povo, disruptivo (desde quando não se falava em disrupção). Dentre diversas outras leis e princípios do Marketing compilados por ele, acredito que os 4Ps estejam no topo do share of mind e dentre os mais usados, possivelmente.


Todo negócio de sucesso surge de uma ideia genial. Às vezes um pouco absurda, às vezes óbvia, muitas vezes meio fora da caixa mas, indiscutivelmente, um ideia genial. E como colocar toda essa genialidade em prática? Com um plano de ação. Antes de qualquer decisão ou investimento é fundamental que se raciocine a respeito desse projeto e que se faça um plano bem estruturado sobre como as coisas vão funcionar, além de pensar qual a melhor forma de levar esta marca para o consumidor. Um excelente caminho para começar são os famosos 4Ps: produto, preço, praça e promoção.


Pensem nos seus próprios negócios. Nas empresas em que atuam. Com certeza existe um ou mais PRODUTOS bem estabelecidos. Seja um item de consumo, um curso, um artigo da moda, uma cadeia de restaurantes ou mesmo um serviço para a conveniência de seus consumidores. Existe também um PREÇO pautado em cima de custos diretos, despesas, impostos, custos indiretos (overhead), insumos, savings, levando em conta o lucro desejado e o quanto seus consumidores estão dispostos a pagar pela marca e os valores dela, não tem?


Junto disso, foi determinada uma área de atuação dessa empresa ou negócio em que você trabalha com um público específico, levando em conta, principalmente, a situação geográfica - Se o lugar em que uma loja está, determina sua atuação, a praça é restrita a essa porção territorial e às pessoas que lá consomem. Se uma empresa consegue vender online e entregar para todo o Brasil, sua praça é consideravelmente maior. Independente de onde sejam fornecidos os serviços, o P da PRAÇA corresponde à abrangência de atuação do seu negócio.


Por último, mas não menos importante, a PROMOÇÃO. Alexandre Bassora, outro pensador muito querido e um grande amigo que a profissão me deu, costuma dizer que "as empresas conseguem sobreviver com os 3 primeiros Ps, mas só o P da PROMOÇÃO/PROPAGANDA pode fazer marcas atingir lugares inimagináveis na mente e coração das pessoas." Essa promoção vai além do famoso “leve 3, pague 2”. É a promoção no sentido de promover, propagar, de conceituar, de criar vontade e fazer com que seus consumidores tenham verdadeira paixão pelo seu produto e seus targets verdadeiro desejo por ele. Essa promoção faz com que a gente ouça “Feito pra você”, sem marca nem nada e saiba de que instituição financeira estamos falando.


Mas, recentemente, os 4 Ps não têm sido suficientes para comunicar, posicionar e gerar negócio. Na era do consumidor consciente que não compra gato por lebre, surge um novo P para agências, empresas, marcas e pessoas se preocuparem: o P da PROTEÇÃO.


O mundo inteiro está numa campanha em prol da proteção. Do isolamento. Do cuidado. Da higiene. Com as marcas não é diferente. Restaurantes repensam suas embalagens, aplicativos de delivery criam campanhas e iniciativas para que os entregadores não entrem em contato com os consumidores. Empresas divulgam suas formas de precaução na não disseminação do novo Coronavírus em seus ambientes de trabalho. E nós, consumidores, nos tornamos ainda mais exigentes quando o assunto é esse.


Queremos nos proteger para que a nossa economia seja restabelecida. Queremos nos proteger para que voltemos a abraçar nossos familiares e amigos. Precisamos nos proteger nos momentos em que necessitamos ir ao mercado e nos faz bem interagir com marcas que se solidarizam com esse momento e se preparam para nos receber em cima desse novo P do Marketing.


Álcool em gel para higienizar carrinhos, cestinhas e mãos; produtos embalados individualmente, serviços de entrega e retirada no sistema Drive Thru e mais uma série de outras comodidades que estabelecem uma relação forte e duradoura entre as marcas e seus clientes. Ativos que geram identificação e admiração. Fidelizando clientes antigos, conquistando novos e fazendo com que o mundo se adapte a essa nova realidade.


O P da proteção surgiu de um novo hábito. E veio para ficar. Da mesma forma que os seres humanos se adaptam facilmente às adversidades, as marcas precisam se manter em constante movimento e atualização. Quando tudo isso passar, teremos incorporado outros costumes. As marcas que já entenderam isso vão sair na frente. Às que ainda não, é melhor começar se protegendo da concorrência.


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